O que é Disfunção Erétil (D.E)?


A disfunção erétil (D.E) é definida como a incapacidade persistente de alcançar ou manter uma ereção suficiente para a realização de uma relação sexual satisfatória. O grau de disfunção pode variar amplamente, desde uma redução parcial da rigidez peniana até a ausência total de ereção. É fundamental destacar que essa definição se concentra exclusivamente na capacidade erétil do pênis, não abrangendo questões relacionadas à libido, distúrbios da ejaculação ou do orgasmo (KRANE et al., 1989 apud Giami, 2009).

Tipos de Disfunção Erétil

A disfunção erétil pode ser classificada em duas categorias principais: primária e secundária, levando em consideração o contexto e a faixa etária em que a condição se manifesta. Vale ressaltar que a D.E pode afetar qualquer pessoa com pênis.

- Disfunção Primária: Essa forma geralmente se manifesta desde o primeiro contato sexual e frequentemente está associada à ansiedade de desempenho. É a principal causa de é a principal causa de disfunção erétil no adulto jovem e tende a melhorar naturalmente com o tempo, à medida que os medos e inseguranças são superados. Raramente há um componente orgânico associado.
- Disfunção Secundária: Este tipo ocorre mais tardiamente, em indivíduos que já vivenciaram um período de saúde sexual satisfatória. A D.E secundária pode surgir devido a diversos fatores, como problemas relacionais, questões psicológicas, dificuldades financeiras, profissionais ou luto. Neste caso, pode haver ou não alterações orgânicas associadas.

Fatores de risco para Disfunção Erétil

Diversos fatores de risco podem contribuir para o surgimento da disfunção erétil. Esses fatores podem ser classificados em dois grupos: aqueles que atuam agudamente, desencadeando a D.E como um efeito colateral (como certos procedimentos cirúrgicos e traumas), e aqueles que contribuem cronicamente de forma insidiosa, afetando não apenas a vida sexual, mas também a saúde geral.

Alguns dos principais fatores de risco incluem:
- Cirurgias: Procedimentos como prostatectomia e esvaziamentos pélvicos ou colorretais.
- Sedentarismo: A falta de atividade física regular.
- Tabagismo e Alcoolismo: Hábitos prejudiciais à saúde.
- Traumas prévios: Lesões na pelve óssea ou na medula espinal (sacral).
- Doenças Crônicas: Condições como aterosclerose, diabetes mellitus, depressão severa, insuficiência renal crônica, insuficiência hepática, esclerose múltipla, Parkinson e Alzheimer.
- Uso de Medicações: Alguns medicamentos como anti-hipertensivos, antidepressivos e ansiolíticos.

Causas mais comuns

Quando todas as causas orgânicas são descartadas, é provável que a disfunção erétil tenha uma origem psicológica. As causas mais comuns desse tipo de DE são frequentemente simples e estão ligadas ao cotidiano da maioria das pessoas. O estresse diário e a ansiedade — muitas vezes resultantes da incapacidade de lidar com fatores estressores — continuam sendo os principais determinantes da disfunção erétil.

As pressões do dia-a-dia podem incluir dilemas profissionais, contas a pagar, prazos a cumprir, exaustão fisica e/ou mental. Essa carga emocional pode interferir significativamente na vida sexual. Muitas vezes, nem mesmo a parceira compreende completamente os desafios enfrentados pela pessoa afetada pela D.E. Além disso, muitos indivíduos podem não reconhecer que esses fatores estão impactando sua vida sexual.

Por isso, é essencial compreender que "cura" não se resume apenas à administração de medicamentos — embora estes possam ser necessários em determinados momentos do tratamento. A disfunção erétil é uma condição tratável e deve ser abordada adequadamente.

Assim como ocorre com outros distúrbios sexuais, como ejaculação precoce ou retardada, as relações onde há D.E podem sofrer um comprometimento significativo em sua qualidade geral. A falta de intimidade ou diálogo pode transformar essa inadequação em um problema crescente que afeta outras áreas do relacionamento.

É crucial consultar um urologista ao enfrentar problemas relacionados à disfunção erétil. Esse profissional possui o treinamento adequado para investigar as causas subjacentes da condição e orientar sobre o tratamento mais apropriado.

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