A disfunção erétil (D.E) é frequentemente associada a homens mais velhos, mas essa percepção pode ser enganosa. Na prática clínica, observamos que muitos homens entre cinquenta e sessenta anos, que mantêm uma boa saúde e hábitos de vida saudáveis, não apresentam queixas ou histórico de disfunção erétil. É fundamental entender que a D.E pode afetar qualquer pessoa independentemente da idade.
Nos últimos anos, temos notado um aumento nas queixas de disfunção erétil entre pacientes mais jovens, especialmente aqueles na faixa etária de dezesseis a vinte anos. Nesses casos, a D.E geralmente está relacionada à ansiedade de desempenho. Essa ansiedade pode surgir devido à pressão social ou expectativas pessoais em relação ao desempenho sexual, levando a dificuldades em manter ou alcançar uma ereção.
Embora a maioria das ocorrências de disfunção erétil em jovens seja de natureza psicológica, casos raros podem envolver distúrbios puberais. Esses distúrbios podem resultar em mau funcionamento dos testículos, frequentemente causados por um desenvolvimento testicular inadequado ou por condições genéticas e neurológicas que afetam a produção de testosterona e outros hormônios essenciais para a função sexual.
Quando esses distúrbios estão presentes, os pacientes não apenas enfrentam atraso na puberdade, mas também costumam apresentar alterações fenotípicas e laboratoriais. Essas alterações são cruciais para o estabelecimento de um diagnóstico específico e podem incluir características físicas distintas e níveis hormonais anormais.
Em suma, a disfunção erétil não é uma condição exclusiva dos homens mais velhos e pode afetar indivíduos de todas as idades. É importante considerar tanto os fatores psicológicos quanto os biológicos ao avaliar essa condição, garantindo que os pacientes recebam o diagnóstico e tratamento adequados conforme suas necessidades específicas.